Ascensão política de Salazar
Em 1928, António de Oliveira Salazar foi nomeado ministro das Finanças e conseguiu equilibrar as contas públicas. Para isso, Salazar:
aumentou as receitas, através do aumento dos impostos
diminuiu as despesas do Estado, através da redução de gastos com a Educação, Saúde e com os salários dos funcionários públicos.
Em 1932, Salazar foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros, ou seja, passou a ser o chefe do Governo.
Constituição de 1933
Em 1933, foi aprovada uma nova constituição em que os direitos e liberdades dos cidadãos eram reconhecidos e ficou estabelecido que o Presidente da República e os deputados seriam eleitos pelos cidadãos.
No entanto, as eleições não eram verdadeiramente livres e os direitos e liberdades dos cidadãos nem sempre foram respeitados por Salazar. Foi constituído novamente o Parlamento que apenas servia para aprovar as leis impostas pelo governo.
Política de obras públicas
Durante o Estado Novo construíram-se estradas, barragens, hospitais e edifícios públicos. Esta política permitiu a modernização do país e combateu o desemprego junto das áreas urbanas. Salazar aproveitou também esta política de obras públicas para engrandecer o seu trabalho à frente do país e assim fazer propaganda.
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Receitas do turismo e da emigração
Desenvolveu-se o turismo, o que permitiu a entrada de mais receitas para o Estado.
Apesar do desenvolvimento do país, muitas pessoas continuavam a viver em grandes dificuldades e decidiram emigrar. O dinheiro enviado para Portugal pelos emigrantes foi outra fonte de receitas para o Estado.
Suportes do Estado Novo
Para Salazar conseguir tanto tempo no poder teve vários suportes:
Censura: da imprensa, teatro, cinema, rádio e televisão, que impedia a divulgação de opiniões contra o regime salazarista.
Polícia política: PVDE, que passou mais tarde a chamar-se PIDE, que vigiava, perseguia, prendia e torturava os opositores ao regime de Salazar.
Mocidade Portuguesa: organização com fim de desenvolver o culto do chefe, dever militar e devoção à pátria nos jovens dos 7 aos 18 anos.
Legião Portuguesa: organização armada que defendia o Estado Novo e combatia o Comunismo.
Propaganda Nacional: tinha como objetivo obter apoio da população.
União Nacional: única organização política legal que apoiava Salazar.
Oposição política
Eleições legislativas de 1945
Os opositores ao salazarismo organizaram-se clandestinamente para não serem perseguidos e presos. Outros tiveram de sair do país (exilados políticos).
A oposição cresceu em 1945 quando terminou a II Guerra Mundial, com a vitória dos países democráticos (EUA, França, Inglaterra e seus aliados), onde os direitos e liberdades dos cidadãos eram respeitados. Estes países pressionaram Salazar e este marcou eleições legislativas.
A oposição uniu-se e criou o MUD (Movimento de Unidade Democrática). No entanto, o governo não permitiu que a oposição fizesse campanha eleitoral nem que a contagem dos votos fosse fiscalizada. Quem fosse suspeito de pertencer à oposição era tirado das listas eleitorais para não puderem votar. Os dirigentes do MUD decidiram então apelar à abstenção e assim a União Nacional conseguiu eleger todos os seus candidatos.
Eleições presidenciais de 1958
O general Humberto Delgado, com o apoio de toda a oposição, candidatou-se às eleições presidenciais de 1958. Apesar do grande apoio que teve da população, foi Américo Tomás, pertencente à União Nacional, quem venceu as eleições, que foram consideradas fraudulentas pela oposição.
Depois destas eleições, Salazar mudou a lei e criou um colégio eleitoral que passa a eleger o Presidente da República.
A GUERRA COLONIAL
Depois da II Guerra Mundial, os países como a Bélgica, a Inglaterra e a Holanda reconheceram a independência da maioria das suas colónias. No entanto, Salazar não fez o mesmo e a União Indiana e a população africana das colónias portuguesas começaram a revoltar-se contra Portugal.
1961: União Indiana ocupou Damão, Diu e Goa
1961: revolta da Angola
1963: revolta da Guiné
1964: revolta de Moçambique
Salazar respondeu com o envio de muitos militares para as colónias. Esta Guerra Colonial, que durou 13 anos (1961-1974), teve como principais consequências:
o ferimento e morte de muitos soldados portugueses
e uma grande despesa com os gastos militares.
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