A sociedade portuguesa do século XIII
é pois formada por 3 grupos sociais, com direitos e deveres diferentes:
A nobreza e o clero
(grupos privilegiados):
v não pagavam impostos;
v possuíam extensas propriedades;
v tinham o poder de aplicar justiça e
cobrar impostos;
v tinham exército próprio.
O povo era o grupo mais
numeroso e desfavorecido, que executava todo o tipo de trabalho e pagava
impostos.
As atividades económicas:
A principal atividade
da época era a AGRICULTURA: cereais, vinho e azeite constituíam
a trilogia do lavrador português.
Nas zonas litorais, a
pesca e o sal desempenhavam lugar de relevo tanto na alimentação comum como na
prática do comércio.
A Indústria não
existia. O próprio artesanato era reduzido e confinado às necessidades de
consumo: fabricavam-se artigos de vestuário, calçado, objetos de ferro, madeira
e barro, alfaias domésticas e agrícolas, e pouco mais."
Agricultura Pecuária
Apicultura Silvicultura Pesca e Salicultura, vinho, cereais, legumes, frutos,
azeite, linho carne, lã, leite, ovos mel e cera madeira, cortiça, lenha, bolota
peixe, marisco, sal
Comércio:
O comércio interno (trocas dentro do
país) praticava-se sobretudo através dos almocreves (comerciantes ambulantes) e
das feiras.
O comércio externo era feito
sobretudo por via marítima. Exportava-se sobretudo sal, vinho e azeite. Do
estrangeiro, importavam-se: tecidos, açúcar, produtos de luxo e armas que se
destinavam à Corte, nobreza e clero.
A VIDA QUOTIDIANA NAS TERRAS SENHORIAIS
A nobreza tinha como principal função a guerra (defesa do reino e das suas
terras). Participou
com os seus exércitos na Reconquista, ao lado do rei, recebendo em troca rendas
e terras.
O senhorio era pois a
propriedade de um nobre na qual viviam camponeses livres e servos. As terras do
senhorio estavam divididas em duas partes: a reserva, explorada diretamente pelo senhor e onde trabalhavam
os servos e criados; e
os mansos, parcelas
arrendadas a camponeses livres em troca de rendas pagas ao senhor.
O senhor tinha grande
poder sobre quem vivia no seu senhorio: cobrar impostos, fazer justiça e ter um
exército privado.
Quando não estava em
guerra, o senhor nobre ocupava-se a dirigir o senhorio e a praticar exercícios
físicos, caçar, justas e torneios que os preparavam para a guerra e.
Organizava festas e
convívios onde, para além do banquete, se tocava, cantava e dançava. Estas
festas eram animadas por trovadores e jograis. Jogava-se xadrez, cartas e
dados.
A VIDA QUOTIDIANA DO CLERO.
Tal como a nobreza, o
clero era um grupo social privilegiado. Tinha a função de prestar assistência
religiosa às populações.
Tinha grandes
propriedades que lhe haviam sido doadas pelo rei ou por particulares e não
pagava impostos. Tal como a nobreza, exercia a justiça e cobrava impostos a
quem vivia nas suas terras.
O clero dividia-se em dois grupos: o CLERO REGULAR (Composto por frades ou freiras que viviam numa ordem religiosa, num
mosteiro) e o CLERO SECULAR (bispos e padres) que viviam nas aldeias e nas cidades junto das
populações.
No mosteiro, para além
de cumprirem as regras impostas pela Ordem a que pertenciam, os monges
dedicavam-se ao ensino, à cópia e feitura de livros, à assistência a doentes e
peregrinos.
Em algumas Ordens, os
monges dedicavam-se também ao trabalho agrícola nas terras do mosteiro.
Algumas Ordens eram
militares, tendo combatido contra os Mouros.
A VIDA QUOTIDIANA DO CAMPONÊS.
A maioria dos camponeses vivia nos
senhorios. Trabalhavam
muitas horas, de sol a sol, e de forma muito dura. Do que produzia,
uma grande parte era entregue ao senhor, como renda. Devia ainda prestar ao
senhor outros serviços, como a reparação das muralhas do castelo, e outros
impostos, como os que devia pela utilização do moinho, do forno ou do lagar.
Vivia em aldeias
próximo do castelo do senhor. Morava em casas pequenas, de madeira ou pedra,
com chão de terra batida e telhados de colmo. Estas casas tinham apenas uma
divisão.
A base da alimentação do povo era pouco
variada, constituída
por pão e o vinho, legumes, ovos, toucinho, queijo. Peixe e carne só muito
raramente, geralmente em dias de festa. O seu vestuário era simples
feito com tecidos grosseiros.
OS CONCELHOS.
Como sabemos, à medida
que se iam conquistando terras aos Mouros, os nossos primeiros reis precisavam
de as povoar e fazer cultivar as novas terras, sobretudo a Sul. Para tal, em
muitos casos, o rei ou grandes senhores criaram concelhos, para atrair povoadores,
a troco de direitos e regalias. Assim nasceram os concelhos.
Os habitantes dos concelhos, chamados
vizinhos, tinham mais direitos e mais autonomia que os
habitantes dos senhorios pois podiam eleger os seus representantes para a
administração e a justiça local:
v os juízes aplicavam
a justiça;
v os mordomos recebiam
os impostos;
v a assembleia dos homens-bons (os homens mais importantes do concelho) tratavam dos
assuntos de interesse geral e elegiam os juízes e mordomos. Reuniam no Domus Municipalis (casa do município).
O rei fazia-se
representar nos concelhos através do alcaide que era também o
chefe militar.
Os direitos e deveres
dos habitantes dos concelhos estavam escritos num documento: a Carta de Foral.
Símbolo da autonomia do
Concelho era o Pelourinho.
BOM ESTUDO! Espero que este resumo te seja útil!
A nobreza e o clero (grupos privilegiados):
v possuíam extensas propriedades;
v tinham o poder de aplicar justiça e cobrar impostos;
v tinham exército próprio.
O povo era o grupo mais numeroso e desfavorecido, que executava todo o tipo de trabalho e pagava impostos.
As atividades económicas:
A principal atividade da época era a AGRICULTURA: cereais, vinho e azeite constituíam a trilogia do lavrador português.
Nas zonas litorais, a pesca e o sal desempenhavam lugar de relevo tanto na alimentação comum como na prática do comércio.
A Indústria não existia. O próprio artesanato era reduzido e confinado às necessidades de consumo: fabricavam-se artigos de vestuário, calçado, objetos de ferro, madeira e barro, alfaias domésticas e agrícolas, e pouco mais."
Agricultura Pecuária Apicultura Silvicultura Pesca e Salicultura, vinho, cereais, legumes, frutos, azeite, linho carne, lã, leite, ovos mel e cera madeira, cortiça, lenha, bolota peixe, marisco, sal
Comércio:
O comércio interno (trocas dentro do país) praticava-se sobretudo através dos almocreves (comerciantes ambulantes) e das feiras.
O comércio externo era feito sobretudo por via marítima. Exportava-se sobretudo sal, vinho e azeite. Do estrangeiro, importavam-se: tecidos, açúcar, produtos de luxo e armas que se destinavam à Corte, nobreza e clero.
A VIDA QUOTIDIANA NAS TERRAS SENHORIAIS
A nobreza tinha como principal função a guerra (defesa do reino e das suas terras). Participou com os seus exércitos na Reconquista, ao lado do rei, recebendo em troca rendas e terras.
O senhorio era pois a propriedade de um nobre na qual viviam camponeses livres e servos. As terras do senhorio estavam divididas em duas partes: a reserva, explorada diretamente pelo senhor e onde trabalhavam os servos e criados; e os mansos, parcelas arrendadas a camponeses livres em troca de rendas pagas ao senhor.
O senhor tinha grande poder sobre quem vivia no seu senhorio: cobrar impostos, fazer justiça e ter um exército privado.
Quando não estava em guerra, o senhor nobre ocupava-se a dirigir o senhorio e a praticar exercícios físicos, caçar, justas e torneios que os preparavam para a guerra e.
Organizava festas e convívios onde, para além do banquete, se tocava, cantava e dançava. Estas festas eram animadas por trovadores e jograis. Jogava-se xadrez, cartas e dados.
A VIDA QUOTIDIANA DO CLERO.
Tal como a nobreza, o clero era um grupo social privilegiado. Tinha a função de prestar assistência religiosa às populações.
Tinha grandes propriedades que lhe haviam sido doadas pelo rei ou por particulares e não pagava impostos. Tal como a nobreza, exercia a justiça e cobrava impostos a quem vivia nas suas terras.
O clero dividia-se em dois grupos: o CLERO REGULAR (Composto por frades ou freiras que viviam numa ordem religiosa, num mosteiro) e o CLERO SECULAR (bispos e padres) que viviam nas aldeias e nas cidades junto das populações.
No mosteiro, para além de cumprirem as regras impostas pela Ordem a que pertenciam, os monges dedicavam-se ao ensino, à cópia e feitura de livros, à assistência a doentes e peregrinos.
Em algumas Ordens, os monges dedicavam-se também ao trabalho agrícola nas terras do mosteiro.
Algumas Ordens eram militares, tendo combatido contra os Mouros.
A VIDA QUOTIDIANA DO CAMPONÊS.
A maioria dos camponeses vivia nos senhorios. Trabalhavam muitas horas, de sol a sol, e de forma muito dura. Do que produzia, uma grande parte era entregue ao senhor, como renda. Devia ainda prestar ao senhor outros serviços, como a reparação das muralhas do castelo, e outros impostos, como os que devia pela utilização do moinho, do forno ou do lagar.
Vivia em aldeias próximo do castelo do senhor. Morava em casas pequenas, de madeira ou pedra, com chão de terra batida e telhados de colmo. Estas casas tinham apenas uma divisão.
A base da alimentação do povo era pouco variada, constituída por pão e o vinho, legumes, ovos, toucinho, queijo. Peixe e carne só muito raramente, geralmente em dias de festa. O seu vestuário era simples feito com tecidos grosseiros.
OS CONCELHOS.
Como sabemos, à medida que se iam conquistando terras aos Mouros, os nossos primeiros reis precisavam de as povoar e fazer cultivar as novas terras, sobretudo a Sul. Para tal, em muitos casos, o rei ou grandes senhores criaram concelhos, para atrair povoadores, a troco de direitos e regalias. Assim nasceram os concelhos.
Os habitantes dos concelhos, chamados vizinhos, tinham mais direitos e mais autonomia que os habitantes dos senhorios pois podiam eleger os seus representantes para a administração e a justiça local:
v os juízes aplicavam a justiça;
v os mordomos recebiam os impostos;
v a assembleia dos homens-bons (os homens mais importantes do concelho) tratavam dos assuntos de interesse geral e elegiam os juízes e mordomos. Reuniam no Domus Municipalis (casa do município).
O rei fazia-se representar nos concelhos através do alcaide que era também o chefe militar.
Os direitos e deveres dos habitantes dos concelhos estavam escritos num documento: a Carta de Foral.
Símbolo da autonomia do Concelho era o Pelourinho.
BOM ESTUDO! Espero que este resumo te seja útil!
A Sociedade Portuguesa no Século XIII
Exercício para completares o texto
Escreve nos espaços em branco as palavras adequadas.
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