A luta entre Liberais e Absolutistas
Com a Revolução de 1820, a nobreza e o clero perderam muitos privilégios.
Não se conformaram e começaram a organizar conspirações contra o
regime liberal, apoiados pelo príncipe D. Miguel (filho segundo de
D. João VI).
Quando D. João VI morre (1826), sucede-lhe o seu filho mais velho, D.
Pedro, imperador do Brasil. Este, não querendo abandonar o Brasil, abdica
do trono em favor de sua filha D. Maria, menor de idade, ficando D. Miguel a
governar, como regente e de acordo com as ideias liberais.
Em 1828, D. Miguel, desrespeitando o compromisso, faz-se aclamar rei
absoluto.
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Guerra Civil
D. Pedro decide então regressar a Portugal e junta-se aos liberais,
refugiados nos Açores.
Inicia-se então um período de guerra civil, entre liberais e
absolutistas, que vai durar cerca de dois anos.
D. Miguel e os absolutistas são derrotados.
D. Maria II passa a governar.
A monarquia constitucional vai manter-se em Portugal até 1910
(data da implantação da República.
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1820 e o Triunfo dos Liberais
A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820
O descontentamento da população
Em 1811, as invasões francesas terminaram, mas o país ficou numa situação
muito difícil:
Era pois necessário expulsar os
ingleses e obrigar o rei a regressar.
As ideias liberais, vindas de França, tinham cada vez mais adeptos.
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Em 1817, em Lisboa,
regista-se a primeira conspiração liberal, chefiada pelo General Gomes
Freire de Andrade. Descoberto, foi preso e enforcado.
Em 1818, forma-se no
Porto uma organização secreta, o Sinédrio, com o objectivo de preparar
uma revolução liberal.
O Sinédrio reunia
burgueses do Porto (comerciantes, juízes, proprietários), entre os quais se
destacava Manuel Fernandes Tomás. Também aderiram alguns militares.
No dia 24 de Agosto de 1820 deu-se a revolução.
A população do Porto
aderiu com entusiasmo. Um mês depois, aderia Lisboa. A revolução espalhou-se
então a todo o país. Os ingleses foram afastados e criou-se a Junta
Provisional do Governo do Reino.
Esta Junta passou a
governar e preparou as primeiras eleições para deputados às Cortes
Constituintes, isto é, a Assembleia que tinha como função elaborar uma
Constituição de acordo com as ideias liberais.
Em Setembro de 1822, as Cortes Constituintes aprovaram a 1ª Constituição
Portuguesa.
D. João VI regressa do Brasil, com a família e a corte, assina a
Constituição e jura respeitá-la.
Esta Constituição estabelecia:
A independência do Brasil
Durante os treze anos que D. João VI e a corte permaneceram no Brasil, este
território registou grandes progressos:
- a cidade do Rio de Janeiro tornou-se sede do Governo;
- foram criadas repartições de finanças, justiça e da polícia;
- foram construídos hospitais, escolas, teatros e bibliotecas;
- foram criadas indústrias e abertas estradas;
- os portos brasileiros foram abertos aos comerciantes estrangeiros, o que
desenvolveu o comércio externo.
Assim, o Brasil deixou de ser uma colónia para se tornar um reino.
Mas quando D. João VI regressou a Portugal, deixando o príncipe D. Pedro,
seu filho, a governar o Brasil, as Cortes Constituintes decretaram:
- que o Brasil voltasse a ser uma colónia;
- que o seu comércio externo voltasse a passar por Portugal;
- que D. Pedro regressasse a Portugal.
A estas imposições, D. Pedro reagiu decidindo permanecer no Brasil. Para
tal contou com o apoio da burguesia brasileira.
As Cortes Constituintes reagiram, anulando todos os poderes do príncipe.
Ao receber esta notícia, D. Pedro declarou a independência do Brasil,
a 7 de Setembro de 1822.
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O Grito do IPIRANGA
Em Agosto de 1822, D. Pedro viajou do Rio de
Janeiro para São Paulo para resolver um problema político.
Quando as coisas estavam resolvidas e ele seguia
para Santos, chegaram ordens das Cortes (de Portugal): D. Pedro deveria
voltar para lá naquele instante (...)
Mandaram-lhe mensageiros com essas notícias.
Um deles encontrou-o nas margens do rio
Ipiranga, em São Paulo. Era a tarde de 7 de Setembro de 1822. D. Pedro leu os
decretos e decidiu logo proclamar a independência do Brasil, senão ficava
prisioneiro das Cortes.
Trinta e oito pessoas assistiram: D. Pedro
desembainhou a espada, ergueu-a alto e gritou:
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A luta entre Liberais
e Absolutistas
Com a Revolução de 1820, a nobreza e o clero perderam muitos privilégios.
Não se conformaram e começaram a organizar conspirações contra o
regime liberal, apoiados pelo príncipe D. Miguel (filho segundo de
D. João VI).
Quando D. João VI morre (1826), sucede-lhe o seu filho mais velho, D.
Pedro, imperador do Brasil. Este, não querendo abandonar o Brasil, abdica
do trono em favor de sua filha D. Maria, menor de idade, ficando D. Miguel a
governar, como regente e de acordo com as ideias liberais.
Em 1828, D. Miguel, desrespeitando o compromisso, faz-se aclamar rei
absoluto.
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Guerra Civil
D. Pedro decide então regressar a Portugal e junta-se aos liberais, refugiados
nos Açores.
Inicia-se então um período de guerra civil, entre liberais e
absolutistas, que vai durar cerca de dois anos.
D. Miguel e os absolutistas são derrotados.
D. Maria II passa a governar.
A monarquia constitucional vai manter-se em Portugal até 1910 (data
da implantação da República.
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