quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A luta entre Liberais e Absolutistas

A luta entre Liberais e Absolutistas

Com a Revolução de 1820, a nobreza e o clero perderam muitos privilégios.
Não se conformaram e começaram a organizar conspirações contra o regime liberal, apoiados pelo príncipe D. Miguel (filho segundo de D. João VI).

Quando D. João VI morre (1826), sucede-lhe o seu filho mais velho, D. Pedro, imperador do Brasil. Este, não querendo abandonar o Brasil, abdica do trono em favor de sua filha D. Maria, menor de idade, ficando D. Miguel a governar, como regente e de acordo com as ideias liberais.

Em 1828, D. Miguel, desrespeitando o compromisso, faz-se aclamar rei absoluto.




Guerra Civil

D. Pedro decide então regressar a Portugal e junta-se aos liberais, refugiados nos Açores.
Inicia-se então um período de guerra civil, entre liberais e absolutistas, que vai durar cerca de dois anos.
D. Miguel e os absolutistas são derrotados.
D. Maria II passa a governar.
A monarquia constitucional vai manter-se em Portugal até 1910 (data da implantação da República.



1820 e o Triunfo dos Liberais

A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820



O descontentamento da população
Em 1811, as invasões francesas terminaram, mas o país ficou numa situação muito difícil:
a família real continuava no Brasil;
o Reino ficou mais pobre e desorganizado após as invasões;
os ingleses controlavam quase todo o comércio com o Brasil.
Era pois necessário expulsar os ingleses e obrigar o rei a regressar.
As ideias liberais, vindas de França, tinham cada vez mais adeptos.

 
Em 1817, em Lisboa, regista-se a primeira conspiração liberal, chefiada pelo General Gomes Freire de Andrade.  Descoberto, foi preso e enforcado.
Em 1818, forma-se no Porto uma organização secreta, o Sinédrio, com o objectivo de preparar uma revolução liberal.
O Sinédrio reunia burgueses do Porto (comerciantes, juízes, proprietários), entre os quais se destacava Manuel Fernandes Tomás. Também aderiram alguns militares.

No dia 24 de Agosto de 1820 deu-se a revolução.
A população do Porto aderiu com entusiasmo. Um mês depois, aderia Lisboa. A revolução espalhou-se então a todo o país. Os ingleses foram afastados e criou-se a Junta Provisional do Governo do Reino.


Esta Junta passou a governar e preparou as primeiras eleições para deputados às Cortes Constituintes, isto é, a Assembleia que tinha como função elaborar uma Constituição de acordo com as ideias liberais.
Em Setembro de 1822, as Cortes Constituintes aprovaram a 1ª Constituição Portuguesa.
D. João VI regressa do Brasil, com a família e a corte, assina a Constituição e jura respeitá-la.
Esta Constituição estabelecia:
a soberania da nação: o poder do rei devia submeter-se à vontade dos cidadãos, através do voto;
a separação de poderes: legislativo, executivo, judicial;
a igualdade e liberdade dos cidadãos face à lei.

 


A independência do Brasil


Durante os treze anos que D. João VI e a corte permaneceram no Brasil, este território registou grandes progressos:

- a cidade do Rio de Janeiro tornou-se sede do Governo;
- foram criadas repartições de finanças, justiça e da polícia;
- foram construídos hospitais, escolas, teatros e bibliotecas;
- foram criadas indústrias e abertas estradas;
- os portos brasileiros foram abertos aos comerciantes estrangeiros, o que desenvolveu o comércio externo.

Assim, o Brasil deixou de ser uma colónia para se tornar um reino.
Mas quando D. João VI regressou a Portugal, deixando o príncipe D. Pedro, seu filho, a governar o Brasil, as Cortes Constituintes decretaram:

- que o Brasil voltasse a ser uma colónia;
- que o seu comércio externo voltasse a passar por Portugal;
- que D. Pedro regressasse a Portugal.
A estas imposições, D. Pedro reagiu decidindo permanecer no Brasil. Para tal contou com o apoio da burguesia brasileira.

As Cortes Constituintes reagiram, anulando todos os poderes do príncipe.
Ao receber esta notícia, D. Pedro declarou a independência do Brasil, a 7 de Setembro de 1822.


O Grito do IPIRANGA
     Em Agosto de 1822, D. Pedro viajou do Rio de Janeiro para São Paulo para resolver um problema político.
     Quando as coisas estavam resolvidas e ele seguia para Santos, chegaram ordens das Cortes (de Portugal): D. Pedro deveria voltar para lá naquele instante (...)
     Mandaram-lhe mensageiros com essas notícias.
     Um deles encontrou-o nas margens do rio Ipiranga, em São Paulo. Era a tarde de 7 de Setembro de 1822. D. Pedro leu os decretos e decidiu logo proclamar a independência do Brasil, senão ficava prisioneiro das Cortes.
     Trinta e oito pessoas assistiram: D. Pedro desembainhou a espada, ergueu-a alto e gritou:
INDEPENDÊNCIA OU MORTE!
A luta entre Liberais e Absolutistas

Com a Revolução de 1820, a nobreza e o clero perderam muitos privilégios.
Não se conformaram e começaram a organizar conspirações contra o regime liberal, apoiados pelo príncipe D. Miguel (filho segundo de D. João VI).
Quando D. João VI morre (1826), sucede-lhe o seu filho mais velho, D. Pedro, imperador do Brasil. Este, não querendo abandonar o Brasil, abdica do trono em favor de sua filha D. Maria, menor de idade, ficando D. Miguel a governar, como regente e de acordo com as ideias liberais.
Em 1828, D. Miguel, desrespeitando o compromisso, faz-se aclamar rei absoluto.

Guerra Civil

D. Pedro decide então regressar a Portugal e junta-se aos liberais, refugiados nos Açores.
Inicia-se então um período de guerra civil, entre liberais e absolutistas, que vai durar cerca de dois anos.

D. Miguel e os absolutistas são derrotados.
D. Maria II passa a governar.

A monarquia constitucional vai manter-se em Portugal até 1910 (data da implantação da República.




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