A Formação do
Reino de Portugal
Período da reconquista cristã
- Os reis cristãos tinham dificuldade em vencer os
muçulmanos e pediam auxílio aos outros reinos cristãos da Europa. D.
Afonso VI (rei de Leão e Castela) fez com que chegassem muitos cruzados
(cavaleiros cristãos) para lutar contra os mouros.
- D. Raimundo e D. Henrique de Borgonha (dois nobres
cruzados franceses) destacaram-se nas lutas e casaram com as filhas de D.
Afonso VI. D. Raimundo casou com D. Urraca e foi-lhe dado o Condado
da Galiza. D. Henrique casou com D. Teresa e foi-lhe dado o Condado
Portucalense.
- D. Henrique estava dependente de D. Afonso VI (rei
de Leão) e tinha de lhe prestar obediência, lealdade e auxílio militar.
- Em 1112 D. Henrique morreu e D. Teresa ficou a
governar o Condado Portucalense, porque seu filho, Afonso Henriques, ainda
não tinha 4 anos.
- Em 1125 Afonso Henriques (com 14 anos) armou-se a si
próprio cavaleiro e revoltou-se contra sua mãe (que tinha uma ligação amorosa com o conde galego Fernão Peres de
Trava).
ü Em 1128, D. Afonso Henriques instalou-se com a sua
corte no castelo de Guimarães.
ü
Em 24 de
Julho de 1128 travou-se a Batalha de S. Mamede (perto de Guimarães), entre os
partidários de D. Afonso Henriques e D. Teresa. D. Afonso Henriques venceu e
com 17 anos passou a governar o Condado Portucalense e decidiu:
- aumentar os territórios para
sul, conquistando-os aos mouros;
- conseguir a independência
do seu Condado, travando várias guerras.
- Em 5 de Outubro de 1143 fez-se um acordo de
paz – O Tratado de Zamora – em que D. Afonso VII (primo de D.
Afonso Henriques) concede a independência do Condado Portucalense. Este passa
a chamar-se REINO DE PORTUGAL e o 1º Rei é D. Afonso Henriques.
- REI –era a autoridade máxima
do Reino. Governava, fazia as leis, aplicava a justiça, administrava o
Reino, chefiava os exércitos. Decidia a paz e a guerra. A monarquia
portuguesa era hereditária – sucedia no Reino o filho mais velho
(príncipe herdeiro).
A CONQUISTA DA LINHA DO TEJO
-
A Reconquista portuguesa é lenta, com ocupações e percas.
-
Depois do acordo de paz com o rei de Leão, em 1143, D. Afonso Henriques
instalou-se com a sua corte em Coimbra. Em 1145, D. Afonso Henriques conquistou
Leiria. A partir daqui os cavaleiros vão tentar conquistar Santarém e Lisboa
(poderosas cidades mouras que formavam a linha do Tejo).
-
Os rios eram as fronteiras naturais dos territórios (para Mouros e Cristãos),
devido à travessia dos rios ser difícil e perigosa.
-
Construíam-se castelos em pontos estratégicos, nas zonas onde os ataques eram
frequentes.
-
Em 1147 D. Afonso Henriques conquistou Santarém (tomando a cidade de
assalto) e Lisboa. Na conquista de Lisboa foram auxiliados por uma poderosa
armada de cruzados, vindos do Norte da Europa. A cidade foi cercada por D.
Afonso Henriques e o seu exército, por terra e por rio. Ao fim de 4 meses os
mouros foram vencidos pela fome e entregaram Lisboa aos Cristãos.
-
De 1147 a 1148 os portugueses conquistaram mais terras para Sul, ocupando
grande parte do Alentejo. Pouco depois, os mouros receberam reforços militares
do Norte de África e recuperaram as terras.
-
Em 1185 morreu D. Afonso Henriques.
-
A Reconquista Cristã implicou a participação de quase toda a população
portuguesa (o rei, ao senhores nobres, os monges guerreiros e o povo)
RECONHECIMENTO DO REINO
-
Papa- chefe supremo da Igreja Católica, tinha muitos poderes e todos os reis e
imperadores cristãos lhe deviam obediência. Quando se formava um reino cristão
era o Papa que reconhecia a sua independência e confirmava o título de rei.
-
D. Afonso Henriques, provando que era um bom rei cristão, construiu e restaurou
sés e igrejas e deu propriedades e regalias aos mosteiros. Só em 1179 o Papa
Alexandre III reconheceu D. Afonso Henriques como Rei de Portugal.
PORTUGAL NO SÉCULO XIII: O REINO DE PORTUGAL E DO ALGARVE
-
D. Sancho I, D. Afonso II e D. Afonso III continuaram a conquistar terras aos
mouros. Só em 1249 é que o Algarve é definitivamente conquistado aos mouros, por
isso D. Afonso III passa a ser intitulado REI DE PORTUGAL E DO ALGARVE.
- Algumas terras continuaram a ser disputadas por estes dois reinos peninsulares. Só no reinado de D. Dinis, em 1297, no Tratado de Alcanizes, ficaram definidos os limites territoriais de Portugal.
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