sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A CRISE DE 1383 - 85 - ESQUEMA -RESUMO - hgp 5ºano




1383-85 - Um Tempo de Revolução



 
1383-1385
UM TEMPO DE REVOLUÇÃO
A MORTE DE D. FERNANDO
 E O PROBLEMA DE SUCESSÃO
O reinado de D. Fernando foi marcado por maus anos agrícolas que provocaram fomes.
 peste negra  provocou a diminuição da população.
 
 
 

produção foi menor e os  rendimentos do clero e da nobreza baixaram.
Para tentar resolver a crise agrícola, D. Fernando publica a Lei das Sesmarias (1375)( obrigava os camponeses a trabalhar as terras abandonadas). Mas esta lei não resolveu a crise agrícola.
As guerras com Castela agravaram a situação.
 
Em 1383, com a morte de D. Fernando, surge um grave problema de sucessão.
 
            Pelo Tratado de Salvaterra de Magos, D. Leonor Teles ficaria regente. Esta mandou aclamar D. Beatrizrainha de Portugal.
            A maior parte da Nobreza Cleroaceitou D. Beatriz como rainha, mas oPovo, a Burguesia e um pequeno número de elementos da Nobreza revoltaram-se.


1383-85 - Um Tempo de Revolução

A crise económica


Na segunda metade do século XIV, Portugal viveu tempos difíceis: más condições climatéricas,  guerras com Castela, fomes e doenças, especialmente a Peste Negra.
A Peste Negra foi uma grande epidemia que alastrou por toda a Europa; em Portugal matou cerca de um terço da população (500 000 pessoas).


  



O povo de Lisboa exaltado
O pajem do mestre de Avis começou a ir a galope em cima do cavalo em que estava, dizendo em altas vozes:
- Matam o mestre! Matam o mestre nos paços da Rainha. Acorrei ao mestre que matam.
(...) As gentes, que isto ouviram, saíram à rua a ver que cousa era (...) e começavam de tomar armas, cada um como melhor podia. (...)
Unidos num só desejo foram às portas do paço (...).
De cima não faltava quem dissesse que o mestre era vivo e o conde Andeiro morto. Mas isto não queria nenhum crer, dizendo:
- Pois se é vivo, mostrai-no-lo e vê-lo-emos!
(...) Ali se mostrou o mestre a uma grande janela que vinha sobre a rua...
- Amigos, pacificai-vos! Cá eu estou vivo e são, graças a Deus!
Fernão Lopes, Crónica de D. João I (adaptado)

 
 
A invasão castelhana



Perante o clima de revolta que se vive, D. Leonor foge para Santarém e pede ajuda ao rei de Castela.
Receando a invasão castelhana, o povo de Lisboa escolhe o Mestre de Avis como Regedor e Defensor do Reino. A burguesia também o apoia, sobretudo com dinheiro para preparar o exército.



O rei de Castela invade então Portugal. A chefiar o exército português está D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável. Os portugueses vencem a Batalha dos Atoleiros, no Alentejo, utilizando a táctica do quadrado (que vem a ser novamente usada na Batalha de Aljubarrota). O rei de Castela cerca Lisboa e quase vence, mas tem de levantar o cerco devido a uma epidemia de peste.
Entretanto, e dada a gravidade da situação, reúnem-se Cortes em Coimbra, onde o jurista João das Regras prova que, de todos os candidatos, o Mestre de Avis é quem tem direito a ser rei de Portugal.



O rei de Castela, sabendo da aclamação de D. João como rei, invade de novo Portugal, travando-se então a Batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), tendo vencido os portugueses, apesar de serem em menor número.
Para comemorar esta vitória, D. João I mandou construir o mosteiro da Batalha.

A consolidação da independência



Tudo o que se passou entre 1383 e 1385 provocou profundas alterações na sociedade portuguesa.
Parte da nobreza que apoiara D. Beatriz fugiu para Castela, perdendo  bens e privilégios. Os que apoiaram o Mestre de Avis foram recompensados com terras e títulos de nobreza e a burguesia passou a ter como tanto queria, mais influência na política do país.
Como disse Fernão Lopes, surgiu "outro mundo e nova geração de gentes".
D. João I, que dá início à segunda dinastia - a Dinastia de Avis - fez um tratado de amizade com Inglaterra (o mais antigo tratado da Europa) e casa com D. Filipa de Lencastre (da família real inglesa).
Em 1411 é finalmente assinado um tratado de paz com Castela.
Resolvida a crise política, faltava agora resolver a crise económica.
Portugal, com esta "nova geração de gentes", vai iniciar a grande aventura dos Descobrimentos.






Para melhorar a situação da agricultura e evitar o abandono dos campos, D. Fernando publicou a Lei das Sesmarias: obrigava todos os donos de terras a fazê-las cultivar, sob pena de ficarem sem elas, e obrigava mendigos e vadios a trabalharem, sobretudo na agricultura.

Para proteger o comércio externo, fundou a Companhia das Naus: uma espécie de seguro destinado aos que perdessem os barcos.
Contudo, a situação do país agrava-se com a morte de D. Fernando, em 1383.




A crise política




Quando D. Fernando morre, sua filha D. Beatriz estava casada com o rei de Castela. O acordo de casamento (acordo de Salvaterra), para garantir a independência de Portugal,  previa que, até o filho de D. Beatriz ter catorze anos, seria regente D. Leonor Teles.



D. Leonor manda aclamar D. Beatriz como rainha e tem como conselheiro um fidalgo galego: o Conde Andeiro.


Esta situação, aliada às dificuldades económicas, vai dividir a sociedade portuguesa: de um lado, a maioria da nobreza e do clero aceitam D. Beatriz como herdeira legítima; do outro, o povo e, sobretudo, a burguesia, não a aceitam e revoltam-se, receando a perda da independência do reino.A burguesia, chefiada por Álvaro Pais, e tendo do seu lado o povo de Lisboa, prepara então uma conspiração para matar o Conde Andeiro e escolhe D. João, Mestre de Avis, para executar essa tarefa.


O Mestre de Avis tinha fácil acesso ao Paço da Rainha uma vez que era filho (ilegítimo) do rei D. Pedro.
  Posição dos grupos sociais na Revolução de 1383/1385
·        Clero / Nobreza : apoiavam D. Beatriz e o rei de Castela.
·        Burguesia / Povo:  “           D. João Mestre de Avis (Regedor e Defensor do    Reino).

-Lembras-te quem foi D. Nuno Álvares Pereira? Clica na imagem

 
Foi do casamento da filha de D. Nuno Álvares Pereira com o filho de D. João I, Mestre de Avis que nasceu a casa de Bragança.
Lembraste qual era o nome do filho bastardo de D. João I, Mestre de Avis?




Palavras Cruzadas:

D. João I, rei de Portugal (5º ano)
460>_630229

 
Download |









A Revolução de 1383 / 85

A crise do sé. XIV ; a crise de 1383-85

 
No século XVI arrasta-se por toda a Europa uma grande crise:


a Peste Negra, guerras e maus anos agrícolas. 


Em Portugal, isto é ainda agravado pelo problema de sucessão , após a morte de D. Fernando. O povo recusa aceitar D. Beatriz, preferindo apoiar D. João, o Mestre de Avis, filho ilegítimo de D. Pedro I;


após as cortes de Coimbra, o mestre de Avis ficará a governar Portugal como D. João I,iniciando-se a dinastia de Avis. Com a vitória das tropas portuguesas, comandadas por NunoÁlvares Pereira ,na batalha de Aljubarrota



consolidou-se a causa de D. João I, 1º rei da 2ª dinastia; do seu casamento com D. Filipa de Lencastre, uma importante fidalga inglesa , nascerá, entre outros, o infante D. Henrique, o Navegador. Os filhos de D.João I e D. Filipa, são conhecidos como a Ínclita Geração.


Com a vitória de D. João I deram-se mudanças na sociedade: surgiu uma "nova nobreza", formada por antigos burgueses, apoiantes da sua causa e a quem recompensou; este novo tipo de classe social irá ter um papel muito importante na "aventura "dos Descobrimentos....




Fernão Lopes, cronista do reino, deu a conhecer melhor esta época, na Crónica de D.JoãoI.



A morte de D. Fernando e a crise da sucessão


Exercício de completamento de texto


Preenche os espaços em branco com as palavras adequadas. 



   Álvaro Pais      14 anos      Andeiro      Castela      D. Beatriz      D. Fernando      D. João I de Castela      D. Leonor      Mestre de Avis      povo      regência      sucessão      Tratado de Salvaterra   


O rei morreu em Lisboa no dia 22 de Outubro de 1383, poucos dias antes de completar 38 anos de idade, e deixou o país mergulhado numa grave crise de , pois, em virtude do , assinado com 

, a sua única filha legítima, , estava casada com . Nesse tratado estabelecia-se que D. Beatriz seria rainha de Portugal e que, até ter um filho legítimo maior de , sua mãe, a rainha 


viúva , exerceria a do reino.
D. Leonor Teles assumiu a regência e mandou aclamar D. Beatriz como rainha. Mas surgiu contestação, em especial por parte do e de alguns fidalgos fiéis a D. Fernando. Instalou-se a crise, o país dividiu-se, a revolta alastrou a todo o reino.


Os descontentes organizaram-se, encabeçados por , e com a colaboração do , D. João, planearam o golpe de 6 de Dezembro de 1383, que conduziu ao assassinato do conde , castelhano tido como amante da regente, e ao triunfo dos revoltosos.




A PESTE NEGRA ALASTROU-SE UM POUCO POR TODO O MUNDO!

Sem comentários:

Enviar um comentário