Algumas figuras importantes
que se distinguiram no tempo dos Descobrimentos
Infante D. Henrique
O Infante D. Henrique, filho do rei D. João I,
nasceu em 1394, na cidade do Porto. É armado cavaleiro e recebe o título de
duque de Viseu e Senhor da Covilhã. É também nomeado administrador da Ordem de
Cristo. O Infante instala-se no Algarve e aí funda uma escola de navegação e
organiza as viagens que vão levar aos diversos descobrimentos portugueses.
Este
navegador ao serviço do Infante D. Henrique, após doze anos de tentativas
consegue em 1434 dobrar o Cabo Bojador, desfazendo assim as lendas do mar
tenebroso, que na época circulavam.
Enviado por D. João II, Diogo Cão realizou duas
viagens de descobrimento da costa sudoeste africana, entre 1482 e 1486.
Estabeleceu as primeiras relações com o Reino do
Congo. Introduziu a utilização dos padrões de pedra, em lugar das cruzes de
madeira, para assinalar a presença portuguesa nas zonas descobertas.
Bartolomeu Dias
Navegador do tempo de D. João II e de D. Manuel I,
celebrizou-se por uma viagem realizada em 1487/88, em que dobrou o Cabo das
Tormentas, mais tarde designado de Boa Esperança, pois permitia as viagens na
costa oriental africana, em pleno oceano Índico, abrindo assim o caminho
marítimo para a Índia.
Vasco da Gama (Sines, 1468 – Cochim,
1524)
Foi
capitão-mor da armada que, em 1497-98 descobriu o caminho marítimo para a
Índia.
Como
recompensa, D. Manuel I nomeou-o almirante-mor do mar da Índia, com direito a
“Dom”.
Foi moço fidalgo da Corte de D. João II. D. Manuel
I escolheu-o para comandar a armada que se dirigia ao Oriente, em 1500,
composta por 13 navios e 1500 homens, grande parte soldados, para submeter o
Samorim de Calecute.
Depois de ter descoberto o Brasil, chegou a
Calecute apenas com 6 naus.
Em 1505 foi enviado à Índia por D. Manuel I, como
vice-rei, para se opor aos Turcos, que combatiam a instalação dos Portugueses
no oceano Índico.
Desenvolveu várias acções militares na costa
oriental africana, tomou Quíola e enfrentou a armada do rei de Calecute,
assegurando a presença portuguesa no Índico.
Foi substituído no cargo por Afonso Albuquerque e
no regresso a Portugal foi morto pelos indígenas, na zona do Cabo da Boa
Esperança.
Afonso
de Albuquerque
(1462 ? – 1510
Em 1503 foi enviado à Índia, combatendo o rei de
Calecute e fundado uma feitoria em Cochim.
Em 1506, D. Manuel I voltou a enviá-lo à Índia,
com indicações secretas, para substituir D. Francisco de Almeida no cargo de
vice-rei.
Procurou assegurar o domínio português no Oriente,
baseando-se na construção de fortalezas e no estreitamento das relações entre
portugueses e indianos, ao contrário da política de D. Francisco de Almeida,
que era baseada no domínio dos mares.
Portugal nos
séculos XV e XVI
No início do século XV Portugal era pobre, mas
independente e vivia-se em paz.
A Europa vivia quase isolada do resto do Mundo.
Os poucos contactos comerciais eram feitos pelos
mercadores, que traziam ouro, seda
e especiarias da África e Ásia.
Em Portugal havia falta de cereais e ouro. A
Burguesia queria novos mercados. A
Nobreza queria prestígio e poder.
Restava aos portugueses o caminho do mar, para
aumentar o seu território.
Conquistas e Descobertas
1415 – Conquista de Ceuta.
D. João I, acompanhado pelos
filhos mais velhos, partiu de Lisboa, com uma forte armada, com destino ao
Norte de África, local de convergência de rotas comerciais. Contudo, esta
conquista não resolveu os problemas do Reino, porque os mouros desviaram a sua
rota.
Surgem lendas do mundo
desconhecido. Acreditava-se que lá existiam: monstros marinhos, seres
maravilhosos e fantásticos, homens monstruosos, etc.
O Infante D. Henrique, responsável pelos
descobrimentos portugueses, passa a organizar e planear as viagens de navegação
para sul de África.
1418 – Descobrimento do Arquipélago
da Madeira.
1427 – Diogo de Silves descobre o
Arquipélago dos Açores.
1434 - Gil Eanes dobrou o Cabo
Bojador.
1460 – D. Henrique morreu e os
navegadores portugueses já tinham chegado à Serra Leoa
(Costa Ocidental Africana)
Começam-se a conhecer a ação dos ventos
contrários, correntes marítimas e outras dificuldades como os baixios de areia junto à costa que
contrariam as lendas até então conhecidas.
Os navegadores, no mar alto, orientavam-se pelos
astros (Estrela Polar e Sol) e usavam instrumentos próprios: quadrante, astrolábio
e balestilha. Para medirem o tempo usavam a ampulheta.
Passaram-se a desenhar cartas náuticas.
Desenvolveu-se a Cartografia, a Astronomia e a Matemática
Os navios usados não eram os mais
apropriados e passou a usar-se (ainda no tempo de D. Henrique) a caravela, barco que tinha as velas
triangulares (vela latina) o que permitia bolinar, ou seja, navegar com ventos
contrários. Mais tarde, será substituída por uma embarcação maior que permitia
transportar maiores quantidades de mercadorias – a nau.
Nau
11488 – Bartolomeu
Dias ultrapassou o Cabo da Boa Esperança (também conhecido pelo Cabo das
Tormentas).
D. João II mandou colocar padrões (um pilar de
pedra com uma cruz gravada, as armas reais e a data da implementação) nas
terras descobertas, para assinalar a presença portuguesa. Na falta de padrões
faziam-se inscrições nas rochas junto à praia.
D. João II pretendia atingir a Índia por mar,
devido à riqueza das especiarias. Mas o reino de Castela tinha o mesmo
interesse e também fazia expedições marítimas. Em 1492 Cristóvão Colombo (ao serviço de Castela) atingiu as Antilhas
(ilhas da América Central).
1493 – Tratado
de Tordesilhas
O mundo
foi dividido em duas partes:
- As
terras que fossem descobertas a Oriente de Cabo Verde seriam Portuguesas.
- As
terras que fossem descobertas a Ocidente de Cabo Verde seriam Castelhanas.
Já no
reinado de D. Manuel I, Vasco da Gama chega à Índia em 1498.
A segunda
expedição enviada à Índia foi comandada por Pedro Álvares Cabral que, nessa
viagem, oficialmente descobriu o Brasil em 1500.
Do tema que acabaste de estudar faz uma pequena
biografia de _________________
Nome: ______________________________________________________________________
Período
em que viveu: de
______/______/______ a ______/______/______
Local
de nascimento: _____________________
Vida e Ação: ________________________________________________________________
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